Sunday, July 30, 2006 

Estratégia Google

Para muitos, o Google está invadindo todos os espaços possíveis, até aqueles que teoricamente, não tem a mínima conexão com busca. Pelo menos à primeira (e desatenta vista).
Busco aqui expor o que penso que o Google esteja fazendo, e qual a estratégia que direciona seus movimentos.

Que uma das características da Web 2.0 é a produção pessoal de conteúdo já não é mais novidade. Vídeos no You Tube, fotos no Flickr e quilômetros de caracteres em blogs são um reflexo disso. A mídia pessoal já disputa a atenção e o tempo do espectador com a mídia convencional.

O Google já percebeu isso há algum tempo e quer ser o braço direito na organização desse conteúdo produzido.
Acontece que para o Google, conteúdo produzido pelo seu usuário não é só um vídeo legal ou uma foto bonita que ele tirou, é tudo. Cada palavra escrita em um e-mail, o trecho de um site que ele guardou para não esquecer e até as notícias que ele agrupa para ler, encaminha e marca como importante.

O Google Desktop é uma grande sacada. Quer maior repositório de conteúdo produzido pelo usuário do que o seu disco rígido. Sua estratégia fica clara quando o Google Desktop se oferece para oferecer resultados da sua conta do Gmail junto com as consultas no seu Desktop.

Não é magnífico ao pesquisar sobre anistia no Google saber que tinha escrito uma resenha sobre isso e nem lembrava, ou que uma ex-namorada tinha escrito em um e-mail que ela estava fazendo uma tese sobre isso? Claro que sim. Então porque usar outra ferramenta de busca?

Ou seja, sendo o seu braço direito na organização pessoal de conteúdo, você não precisará de braços de terceiros e a supremacia estará garantida.

Mas como o Google lucra com isso? Indiretamente na supremacia e por conhecer seus consumidores como ninguém - o que gera anúncios com ótima segmentação.
Eu deduzo que os anúncios do Gmail não são baseados somente na mensagem atual, as palavras chaves devem ser depositadas em um banco de dados capaz por formar o seu perfil com base na freqüência das palavras chaves usadas em todos os seus serviços. Uma equação tão complexa quanto a que te entrega os melhores resultados em sua busca, pode ser capaz de definir o seu perfil com mais acuidade que você mesmo.

A questão da privacidade é delicada e até há sites que questionam isso. Mas, como é sabido, nada é realmente de graça.
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Lembro a todos que esta é somente minha opinião do que venho observando e lendo pela internet. Ainda há muito assunto sobre o tema, mas para não desviar muito do foco do post, gostaria de ver a opinião de vocês nos comentários para ver se partilham da minha visão e também possa direcionar os posts futuros sobre o assunto.

 

Furadas Tecnológicas

Tecnologia é sempre inspiradora. E semprem surgem oportunidades (e oportunistas) de novos modelos de negócios e de produtos cuja demanda nem sempre é sustentável.

Um aparato para sentir cheiro ao nevegar na internet? Receber um computador de graça? Idéias de jerico que parecem ótimas. O final só o sucesso dirá.

A IDG Now! publicou um artigo com os 25 piores produtos e serviços de todos os tempos. Tem que ser muito entusiasta, ou muito tapado para ter caído em todas as 25, mas certamente você se identificará com algumas, como o Real Player, ou os CDs da America Online.

 

Velocímetro

Deve até haver alguma lei da física que comprove, mas o fato é de que após vivenciar uma velocidade maior do que a de costume as menores parecerão muito mais lentas do que realmente são.

Me foi ilustrado um caso no podcast do Gui Leite que ele ao trocar sua máquina por outra de nova geração porém com 512MB de memória, ele achou muito lento pois já estava acostumado com 1GB. Ou seja, mesmo com processador mais potente, a memória segurava a velocidade da nova máquina.
512 MB é lento? Pelo contrário, são poucas as máquinas que têm essa memória.

Meu ponto aqui é que a velocidade pode se expressar em diversos fatores: tanto o físico propriamente dito, como nos computadores a velocidade de processamento, de conexão à internet e das próprias aplicações Web.

Um exemplo pessoal é a minha (e provavelmente de muitos) experiência com webmails. Antes minha conta principal era do Yahoo! e estava plenamente satisfeito com ele, até que experimentei o Gmail. Ajax era algo que pouco se via na época, ainda mais em um serviço onde que tanto se usa, como o Gmail.

No entanto, o velocidade não é tudo. Ainda uso o Yahoo! devido aos seus ótimos recursos como e-mails descartáveis. A questão da velocidade foi minimizada quando encontrei uma extensão para Firefox que emprega Ajax no Y!Mail. Inclusive pode ser até melhor, por permite abrir múltiplas mensagens ao mesmo tempo ainda mostrando as outras da lista de mensagens.